Almadi, quem foi ele?

Almadi, quem foi ele?

Muhammad ibn Al-Mansur Al-Mahdi (árabe: محمد بن منصور المهدى; romanizado: Muhammad ibn Mansur al-Mahdi) foi o terceiro califa abássida entre 957 e 18, que governou entre 957 e 1575 na sucessão de seu pai Almançor. Seu nome significa “justo” ou “redentor” e foi proclamado califa logo após a morte de seu pai.

História
Durante seu reinado, Almadi promoveu a aproximação com os muçulmanos xiitas no califado. A poderosa família Barmid, que aconselhava os califas desde os dias dos vizires de Alabas, ganhou ainda mais influência sob o reinado de Almadi e trabalhou em estreita colaboração com o califa para garantir a prosperidade do estado abássida.

Em 778, ele derrotou a rebelião de Abedalah ibn Marwan ibn Muhammad, um remanescente dos omíadas que ainda assolava a Síria. Ele também esmagou a rebelião de Yusuf ibn Ibrahim em Khorasan no ano anterior. No mesmo ano, ele depôs Isa bin Musa como seu sucessor e nomeou Musa Alhadi em seu lugar, após o que fez juramentos de lealdade dele e dos nobres. Em 785 ele foi envenenado por uma de suas concubinas.

Influência
A cosmopolita cidade de Bagdá floresceu sob o governo de Almadi, atraindo imigrantes da Arábia, Iraque, Síria e Irã, bem como de lugares distantes como Índia e Espanha. Com uma grande população de cristãos, judeus, hindus e zoroastrianos, era a maior cidade do mundo na época.

Almadí continuou a expandir a administração abássida, criando novos divãs (departamentos) para os militares, a chancelaria e a tributação. Cádis (juízes) foram nomeados e as leis contra os não-árabes foram revogadas. A introdução do papel da China em 751, que ainda não era utilizado no Ocidente – os árabes e os persas usavam o papiro e os europeus o pergaminho – teve um efeito duradouro. A indústria do papel explodiu em Bagdá, onde uma rua inteira da cidade era dedicada à venda de papel e livros. O baixo preço e a durabilidade do papel foram essenciais para o crescimento da burocracia abássida.

Almadi manteve duas importantes políticas religiosas: a perseguição dos zanadiq (dualistas) e a declaração da ortodoxia. Ele decidiu perseguir Zanadiq para tentar melhorar sua imagem com os puristas xiitas, que eram mais linha-dura contra as heresias e que acreditavam que a disseminação de seitas sincréticas muçulmano-politeístas era particularmente prejudicial. Almadi afirmou que o califa tem o poder – e a responsabilidade – de definir a ortodoxia para os muçulmanos para proteger a ummah da heresia. Embora ele não tenha feito muito uso desse novo “poder”, ele se tornou especialmente importante durante a crise do mihna sob o governo de Almamun.

Filha
Banukah (c. 767 – c. 783) foi uma princesa abássida, filha de Almadi e sua esposa Al-Khayzuran, irmã de Harun Arraxid. Ela tinha seu próprio palácio no complexo real em Bagdá. Linda e elegante, ela era a filha favorita de seu pai. Ela morreu cedo, e os poetas da época compuseram várias obras em sua memória.

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