Quem foi Donga?
Ernesto Joaquim Maria dos Santos, também conhecido como Donga, (5 de abril de 1890 – 25 de agosto de 1974) foi um músico, compositor e violonista brasileiro.
Donga é filho de Pedro Joaquim Maria e Amélia Silvana de Araújo e tem oito irmãos. Seu pai era um pedreiro que tocava tenor nas horas vagas; sua mãe, a famosa Tia Amélia da banda baiana Cidade Nova, adorava cantar modinhas e dava muitas festas.
Ingressou no círculo musical da lendária Tia Ciata ao lado de João da Baiana, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e outros. Grande fã de Mário Cavaquinho, começou a tocar o instrumento de ouvido aos 14 anos. Logo depois, aprendeu a tocar violão sob a tutela do grande Quincas Laranjeiras. Em 1916, dedicou a gravação de Pelo Telefone, que é considerado o primeiro samba gravado da história.
Organizou a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha com Pixinguinha. Em 1919, junto com Pixinguinha e outros seis músicos, ingressou como guitarrista na banda Oito Batutas, que excursionou pela Europa em 1922.
Em 1926 juntou-se à banda Carlito Jazz. [1] Em 1940, Tonga gravou 9 obras (incluindo Samba, Toad, Macomba e Lendus) para o álbum “Brazil Native Music”, regido por dois maestros: Leopold Stowe da América do Norte Kowski e a regência brasileira Villa-Robles, lançado no Estados Unidos pela Colômbia.
No final dos anos 50 volta a apresentar-se com a banda Velha Guarda em espectáculos organizados pelo Almirante. Viúvo em 1951, casou-se novamente em 1953 e mudou-se para a Aldeia Campista, onde se aposentou como oficial de justiça aposentado. Gravemente doente e quase cego, ele passou seus últimos dias no retiro do artista, morrendo em 1974. Está sepultado no Cemitério São João Batista.