Piratas Protestantes-Cristãos – Quem foram eles?

Piratas Protestantes – Cristãos.

O Atlantico

Voltemos agora para o panorama geral histórico, A pirataria barbanesca entrou em declínio logo após a batalha de Lepanto.

Mas logo outra tomaria seu lugar e traria tantos problemas quanto a anterior; a pirataria cristã que, para muitos estudiosos, surgiria sob o disfarce de razoes patrióticas e religiosas. 

Os ingleses protestantes, por exemplo, atacavam barcos de nações católicas como Portugal e Espanha.

Um exemplo mais próximo no ano de 1583, o pirata inglês Edward Fenton comandou dois galeões e atacou a cidade de Santos, no estado de São Paulo, sendo derrotado por outros navios, comandados por André Higino. Um dos barcos do pirata afundou, mas ele conseguiu escapar em outro. Em 1591, o corsário Inglês Thomas Cavendish atacou a mesma cidade com três navios, durante o natal, ocupando-a por dois meses (a população estava na ocasião, na igreja, assistindo a Missa do Galo, e foi apanhada completamente de surpresa).

O pirata só se retirou da cidade conquistada ao verificar que não havia mais provisões. Quatro anos após este incidente, foi a vez de Recife, em Pernambuco, sofrer com a invasão do também corsário inglês, sir James Lancaster, que foi ajudado pelos franceses Venner e Noyer, e mais alguns outros componentes holandeses.

A população da cidade, assustada, teve que evacuar a cidade e se refugiar provisoriamente em Olinda. Ele, claro, foi repelido um mês depois e retirou-se com o produto da pilhagem e um carregamento de açucar pernambucano e de pau-brasil.

E se pensamos que havia quem se interessasse em adentrar ainda mais o continente, não é de espantar que alguns tenham encontrado uma morte horrenda. Este foi o caso, por exemplo, de Jean David François Nau, conhecido como d’Olonne. Esse pirata apoderou-se de Macaibo, na Venezuela, com sete navios e 400 homens. O massacre que se segui foi grande, da mesma maneira que o motim conquistado foi imenso. Animado pelos resultados obtidos, o pirata tentou a mesma operação em San Pedro, nas costas das Honduras, mas não obteve tanto sucesso. Terminou abandonado pelos seus homens e caiu nas mãos de índios bravos, que literalmente o assaram e comeram.

Mas de onde surgiram tantas pessoas que se dedicavam a essa atividade? Bem a guerras dos Trinta Anos havia terminado e centenas de ex-soldados se viram sem empregos e tentados a partir para a América Central em busca de aventura. A publicação de dois livros de cronistas da época ajudaria na propagando dos bucaneiros: Os Aventureiros do mar na América, de Alexander Olivier Oexmelin (de 1678) e Histórias dos Piratas, de Charles Johnson (de 1724).

Dados extraidos do Livro: A História Secreta dos Piratas, escrito por  Sérgio Pereira Couto, com referencias em paginas números 22 e 23.

 

Surgia então a pirataria Crista, moderna, que os franceses foram os primeiros representantes.

O trafego de ouro e prata das colônias hispano-americanas, feitos em pesados e lentos galeões, passou então a atrair os aventureiros, e a longa querela de Carlos-V, com Francisco-I, dava um pretexto patriótico aos encontros entre franceses e espanhóis em alto mar.

As guerras de religião deram outro. La Rochelle, de centro de huguenotes, converteram-se em cidadela pirata, e piratas protestantes passaram a pôr a pique navios católicos.

O mais celebre desses piratas franceses chamados na época, chamados Gesses del Mar, sendo um deles foi Jacques de Sores, que tomou Havana em 1555.

Os ingleses protestantes já interessados no domínio do mar, juntaram-se em breve aos franceses contra Espanha e Portugal, em 1543.

Cartagena cidade da Espanha, foi saqueado juntamente por ingleses e franceses, depois desse evento em 1583 o pirata inglês  Edward Fenton (falecido em1603), no comando de dois galões, entrou no porto de Santos, para ataca-lo, o Brasil era então domínio da Espanha, surpreendido por navios de Florez Valdez, sob o comando de Andre Higino, deu-lhes combate, derrotando-os, um dos barcos afundou e o pirata então escapou em outro.

Dados extraidos da Enciclopedia britânica Mirador .

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