O CAVALO DENTRO DO DKW (Decave):
Esse fato aconteceu, em 1963, moradores do bairro de São João Clímaco e região, lembram desse ocorrido, pois nessa matéria que segue as fotos ficaram a disposição no estúdio MURAKI, no bairro de São João Clímaco.
As fotos consegui em 31/05/2015, com Plínio Montes meu tio, morador antigamente no bairro do Ipiranga.
A matéria relatada abaixo guardei de um amigo do FACE que aqui exponho.
São Paulo, 23/12/2021.
Odair Monte.
= O ACIDENTE =
O acidente aconteceu em junho de 1963.
Desta foto, vários amigos de infância se lembram.
Não tenho mais nenhuma cópia, mas lembrei-me que um amigo músico do Bida, a usou na capa do CD da sua banda, o Excambau!
Ela foi feita na Estrada das Lágrimas, numa noite de junho do ano de 1963.
Durante décadas, ela ficou exposta na vitrine do Foto Studio Muraki, provocando sempre espanto e especulações.
Virou um mito, uma lenda urbana do bairro. Havia várias versões, inclusive algumas que imputavam o acidente a um castigo divino ao dono do veículo — um DKW ou Decavê.
Mas a história verdadeira ou parte dela é de aquela foi uma noite fria e chuvosa.
O motorista do carrinho, um táxi, trafegava pela mal iluminada e solitária Estrada das Lágrimas, de um lado da rua, alguns quilômetros de terrenos descampados, onde os moleques jogavam futebol e onde pastavam cavalos usados por carroceiros, de repente, um cavalo sai desses terrenos e invade a pista, o motorista, pego de surpresa, não conseguiu desviar do animal e o colhe por trás.
O traseiro do cavalo vai parar dentro do carro, “sentado” ao lado do motorista — que saiu ileso, mas muito assustado.
O “Diário da Noite” ficou sabendo do acidente, mas pelo adiantado da hora e pela distância, não tem como deslocar um fotógrafo para São João Clímaco, coincidentemente, o senhorio da casa onde morávamos recebeu um telefonema do Diário, perguntando se havia um fotógrafo no bairro, daí, Zé Muraki pegou a sua Yashica 120 e flash e correu para o local do acidente.
E o cavalo teve que ser sacrificado.
Não sei como a foto chegou ao jornal e se meu pai ganhou alguma coisa do Diário, mas durante anos ele guardou cuidadosamente a página do jornal em que foi publicada.
Muita gente ainda deve ter essa foto em casa, pois meu pai vendeu várias cópias ao longo dos anos. Pena que eu mesma não a guardei.
