Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis.
Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
Política
No Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as artes da música, pintura, arquitetura, escultura, etc.
Com isso, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-comum. Estava lançada, assim, a democracia.
A democracia era o governo exercido pelo povo, ao contrário dos impérios que eram liderados por dirigentes que eram considerados deuses, como foi o caso do Egito dos Faraós.
A democracia desenvolveu-se principalmente em Atenas, onde os homens livres tinham oportunidade de discutir questões políticas em praça pública.
Sociedade
Cada polis tinha sua própria organização social e algumas, como Atenas, admitiam a escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas possuíam os servos estatais, que pertenciam ao governo espartano.
Ambas as cidades tinham uma oligarquia rural que os governava.
Também em Atenas verificamos a figura dos estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão quem nascia na cidade e por isso, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis.
Economia
A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio.
Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas as etapas de produção – desde a fiação até o tingimento – eram demoradas.
Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de pequeno porte.
Historia de Esparta: uma cidade militar
Esparta foi fundada pelos dórios por volta do século IX a.C. Situava-se em uma região chamada Lacônia. As condições naturais da região onde ficava Esparta eram muito áridas: o solo montanhoso e seco dificultava o abastecimento da cidade. Essas condições adversas levaram os espartanos a conquistar terras férteis por meio de guerras.
O poder em Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às atividades militares. Apenas uma minoria participava das decisões políticas e administrativas – os esparciatas – que se dedicavam única e exclusivamente à política e à guerra.
A vida em Esparta girava em torno da guerra. Os espartanos temiam que os povos que haviam conquistado se rebelassem; temiam também que os escravos se revoltassem. A necessidade de garantir o poder dos esparciatas e o medo de que ideias vindas de fora colocassem em xeque esse poder faziam com que as viagens fossem proibidas e os contatos comerciais fossem quase inexistentes. Esparta fechava-se em torno de si mesma, impondo aos seus habitantes um modo de vida autoritário e de subordinação aos interesses do Estado.
A agricultura, o artesanato e o comércio eram praticados pelos periecos, uma camada de homens livres, mas sem direito de participar da política em Esparta. Os escravos eram chamados de hilotas, pertenciam ao Estado e trabalhavam para os esparciatas.
Os jovens eram educados pelo Estado. Desde os sete anos deixavam as casas de suas famílias e se dirigiam para locais de treinamento militar.
Atenas e a democracia: o avesso de Esparta
Atenas, hoje a capital da Grécia, localizava-se no centro da planície Ática, às margens do Mar Egeu. Foi o avesso de Esparta: teve uma vida urbana e aberta às novidades. A atividade comercial foi a base de sua economia e os atenienses praticaram intenso comércio com diversos povos.
A sociedade ateniense era dominada pelos eupátridas, que eram grandes proprietários de terras. Contudo, o poder dos eupátridas era constantemente desafiado pelas camadas menos favorecidas e pelos comerciantes, que exigiam maior igualdade de direitos.
E por que esses segmentos desafiavam o poder dos eupátridas? Os pequenos proprietários, muitas vezes sem recursos. Viviam constantemente ameaçados pela escravidão por dívidas. Já os comerciantes, artesãos e assalariados urbanos, que eram chamados demiurgos, estavam excluídos das decisões políticas da pólis e também queriam participar delas.
O resultado dessas pressões constantes foi uma reforma nas leis feita por Sólon, um juiz ateniense. Por essa reforma, foi abolida a escravidão por dívidas e foi ampliado o direito de voto, de acordo com a riqueza que cada um possuía.
Porém, as reformas de Sólon só beneficiaram os comerciantes ricos. O resto da população continuou excluída das decisões políticas da pólis. A situação em Atenas não era nada calma com a pressão constante dos excluídos. Além disso, a cidade foi dominada pelo tirano (link dicionário) Pisistrato por mais de 30 anos.
Com o fim da tirania, foi Clistenes, um aristocrata preocupado com os problemas das camadas populares, o responsável por uma nova reforma. Ampliou a participação e o direito de decisão política para todos os cidadãos atenienses, isto é, todos os homens livres e nascidos em Atenas, maiores de 18 anos. A cidade foi dividida em demos, um tipo de distrito que elegia seus representantes para a assembleia. Esta, por sua vez, escolhia as pessoas que iriam integrar o conselho, responsável pelo governo da cidade.
Continuavam excluídos da pólis os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Como você pode observar, os benefícios da democracia ateniense estavam reservados somente aos cidadãos, o que é diferente da democracia dos nossos dias.
A educação em Atenas era bastante diferente da adotada em Esparta. Os atenienses acreditavam que sua cidade-Estado seria mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente suas melhores aptidões. O ensino não era gratuito nem obrigatório, ficando a cargo da iniciativa particular. Os garotos entravam para a escola aos 6 anos e ficavam sob a supervisão de um pedagogo, com quem estudavam aritmética, literatura, música, escrita e educação física. Interrompiam os estudos apenas nos dias de festas religiosas, e, quando completavam 18 anos, eram recrutados pelo governo para treinamento militar, que durava cerca de dois anos.
As mulheres de Atenas estavam reservadas apenas as funções domésticas. Os pais tratavam de casar logo as ilhas adolescentes, as quais, após núpcias, ficavam sob o domínio total dos maridos. Nesse mundo masculino, ficar em casa e em silencio era o maior exemplo de virtude para representantes do sexo feminino.
Deuses Gregos
Reia: mãe de Hades e filha de Urano (deus do céu) e Gaia (deusa da terra), Reia era considerada a deusa da fertilidade por ser a mãe de todos os deuses do Olimpo. Reia se mostrou forte e corajosa ao enganar o marido entregando uma pedra enrolada no pano ao invés de seu filho Zeus. Cronos queria engolir todos os filhos, pois segundo uma profecia do oráculo de Urano, ele seria destronado por eles no futuro.
Cronos: o pai de Hades era irmão e marido de Reia, logo, também era filho de Urano e Gaia. Cronos foi o filho mais jovem de sua geração e governou a Idade do Ouro na mitologia grega até ser retirado do poder pelos próprios filhos, que queriam se vingar do castigo de terem sido engolidos por ele.
Zeus: ele foi o filho escondido pela deusa Reia. Diferente do que fez com os outros filhos, Reia protegeu Zeus da profecia de seu pai e o escondeu em um bosque, onde se alimentou de mel e leite de cabra. Ao atingir a idade adulta, Zeus enfrentou o seu pai forçando-o a vomitar seus irmãos.
Poseidon: assim como seu irmão, o deus Hades, Poisedon era um dos deuses mais imponentes do Olimpo. Segundo a mitologia grega, na divisão dos mundos, Poisedon era quem comandava o reino dos mares e oceanos, por isso, ele era muito respeitado por pescadores e navegantes.
Hades: O deus Hades foi um dos deuses mais importantes do reino Olimpo na mitologia grega. Filho de Cronos e Reia, ele era o deus dos mortos, dono do mundo inferior, onde só habitava as almas de pessoas ruins.
Deméter: uma das irmãs de Hades era ao mesmo tempo sua sogra, pois Deméter era mãe de Perséfone, sua esposa, com o seu irmão Zeus. Assim como sua mãe, ela era considerada a deusa da fertilidade, bem como das boas colheitas. A deusa ainda exercia domínio sobre o ciclo da vida e da morte.
Héstia: dentre as doze deusas que habitavam o reino Olimpo, Héstia era uma das mais formosas, além de modesta e gentil. Héstia era considerada a deusa da arquitetura, do lar e da família.
Hera: intitulada como a deusa do paraíso, a figura de Hera era atribuída a monogamia e a felicidade conjugal. Por conta disso, diversos templos foram construídos em sua homenagem.