A Cartilha Caminho Suave de Branca Alves de Lima, como era?

A Cartilha Caminho Suave de Branca Alves de Lima, como era?

Caminho Suave é uma obra educativa concebida pela educadora brasileira Branca Alves de Lima (1911-2001), uma cartilha de alfabetização que se tornou um fenômeno editorial. A cartilha vendeu 40 milhões de exemplares desde sua primeira publicação, em 1948, até meados da década de 1990, segundo estimativa do Centro de Referência Educacional Mário Covas.

Em 1995, Caminho Suave foi retirado do catálogo do Ministério da Educação (portanto, não é mais avaliado) em favor da alfabetização baseada no construtivismo. Embora não seja mais o método “oficial” de alfabetização dos brasileiros, a cartilha de Blanca Alves de Lima ainda vende cerca de 10 mil exemplares por ano.

A alfabetização de imagem
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em 1997, Branca Alves de Lima relatou que quando começou a lecionar em uma pequena cidade do interior paulista, a prática de alfabetização era chamada de “métodos analíticos”. Com o fim do Estado Novo, em 1945, as autoridades do MEC concluíram que o “método de análise” não funcionaria e estava ultrapassado, e deram aos professores a liberdade de pregar.

Branca Alves de Lima criou o que chama de “alfabetização por meio de imagens” observando as dificuldades de seus alunos, em sua maioria da zona rural. A letra “a” é inserida no corpo da abelha, a letra “b” é inserida no abdômen do bebê, a letra “f” é inserida na lâmina, a letra “o” é inserida no ovo, e assim por diante. ser contrário a.

Especialistas em pedagogia afirmam que “Caminho Suave” e “Sodré” (de Benedita Stahl Sodré, autora da Cartilha Sodré) são os únicos métodos verdadeiros de alfabetização em português brasileiro. A abordagem da cartilha Caminho Suave começa com as vogais, forma os encontros vocálicos e depois se volta para as sílabas. O sucesso do editor será atribuído ao fato de que combinar o processo analítico com o processo sintético facilita o aprendizado.

Maria Sirlene Pereira Schlickmann explica no artigo “Um livreto no processo de alfabetização”, na Revista Linguagem em (Dis)curso, Vol. 2, nº 1, julho/dezembro. 2001 (Unisul)

“a) Sintético: seguindo uma certa hierarquia, das letras ao texto, passando pela ortografia e sílabas;[3]

b) Método analítico: Este método tornou-se mais importante com o surgimento da psicologia na década de 1930, quando mais ênfase foi dada aos testes de maturidade psicológica.

Com o tempo, surgiram panfletos de métodos híbridos sintéticos e analíticos, o que o levou a ser chamado de método híbrido. Podemos citar, por exemplo, o livreto Caminho Suave de Branca Alves de Lima, publicado em 1948, que deu início a toda a fase preparatória”.

Ernesto Garrido Netto (1941-2000) foi o diretor executivo da empresa responsável por negociar a introdução do método junto ao MEC com o então governo. Uma declaração de 1998 chamou esse método de o melhor, mas foi descartado devido à falta de modernização. Blanca deu ao ensino algo de grande valor, uma alfabetização ingênua.

Ferramentas de suporte
Esta cartilha para ensinar 40 milhões de brasileiros a ler ao longo de 50 anos recebeu ferramentas de apoio desenvolvidas pela educadora Branca Alves de Lima. Há cartazes, cartazes, selos, baralhos e cadernos (nos anos 1980).

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