O Tetragrama: O que é o Tetragrama? Qual o seu significado? O que ele representa?

O Tetragrama:

Para que compreendamos o que significa o Tetragrammaton é necessário, antes de tudo, definir acrônimo. A palavra acrônimo tem origem no grego (akron = extremidade + onymo = nome) e significa o conjunto de letras, pronunciado como uma palavra, formado a partir das letras iniciais (ou de sílabas) de palavras sucessivas que constituem uma denominação. Por exemplo, a sigla NASA (National Aeronautics and Space Administration) é um acrônimo.

Dessa forma, a palavra Tetragrama tem origem no grego (tetra = quatro + gramma = letra) e significa a expressão escrita, constituída de quatro letras ou sinais gráficos, destinada a representar uma palavra, acrônimo, abreviatura, sigla ou a pauta musical de quatro linhas do canto-chão.

Acredita-se que o Tetragrama hebraico designa o nome pessoal do “Deus de Israel”, como foi originalmente escrito e encontrado na Torah, o primeiro livro do Pentateuco. Este tetragrama varia como YHWH, JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras, especialmente no Antigo Testamento escrito em sua maioria em hebraico com partes em aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil vezes (de forma isolada ou em conjunção com outro nome divino).

O impronunciável nome de Deus:

A tradição esotérica dos judeus, a cabala, considera o nome de Deus sagrado e impronunciável. Possivelmente, a origem deste conceito está no terceiro Mandamento: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Êxodo – Capítulo XX – Versículo VII). Assim, um grupo de sábios judeus, conhecidos como Massoretas, incorporou “acentos” que funcionavam como vogais e viabilizavam a pronúncia do tetragrama, resultando na palavra Adonai (Senhor), que passou a ser utilizada para pronunciá-lo. Os nomes Jeová, Iehovah, Javé, Iavé, ou ainda Yahweh, são adaptações para a língua portuguesa da palavra Adonai, e não do tetragrama original.

Porém, há ainda uma crença entre os judeus do início do período cristão, que a própria palavra Torah seria parte do nome divino. Há outra relação interessante encontrada nos nomes originais de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectivamente. Uma combinação entre estes dois nomes resulta numa das variações do tetragrama, YHWH, fato que sugere uma relação entre Criador e criatura. Com o decorrer do tempo, foram adotados outros termos para se referir ao Tetragrama: “O Nome”, “O Bendito” ou “O Céu”.

O místico cristão, Jacob Boehme, utilizando-se de uma cabala gráfica (conhecida como Árvore da Vida), encontrou os 72 Nomes de Deus (publicado em 1652, no livro Oedipus Aegypticus). Sendo que todos são formados por apenas quatro letras, o que caracteriza mais uma vez o tetragrama. Seguindo este raciocínio, encontramos também Tupã (divindade dos índios brasileiros), Yang (em chinês, possui vários significados, entre eles, Deus do bem), Bara (o equivalente à Deus na seita islâmica Beahismo) e Xiva (divindade Hindu).

Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto:

Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas geométricas, entre outras representações.

No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos, capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.

O tetragrama (do grego τετραγράμματον, significando “consistindo de quatro letras”) é o teônimo hebraico יהוה, comumente transliterado em letras latinas como YHWH. É o nome do Deus nacional dos Israelitas, usado na Bíblia Hebraica. Uma vez que YHWH é a transliteração mais comum do tetragrama nos estudos acadêmicos em Inglês, as variações YHVH, JHVH e JHWH também são usadas.
Apesar de Yahweh ser favorecido pela maioria dos estudiosos hebreus e ser amplamente aceito como a antiga pronúncia do tetragrama, Jehovah ainda é usado em muitas traduções da bíblia. Os samaritanos entendem que a pronúncia seja iabe. Algumas fontes patrísticasevidenciam para a pronúncia grega iaō.
Os livros da Torá e do resto da Bíblia hebraica (exceto Ester) contêm a palavra hebraica יהוה. Com base nas letras hebraicas, sua pronúncia em hebraico seria algo como Yahweh. Judeus religiosamente observantes são proibidos de pronunciar o nome de Deus, e ao ler o Tanakh eles usam a palavra Adonai (“Senhor”). Aqueles que seguem as tradições judaicas conservadoras não pronunciam יהוה, seja em voz alta ou para si mesmos em silêncio, nem leem em voz alta formas inglesas transliteradas como Jehovah ou YAHWEH. Em vez disso, a palavra é substituída por um termo diferente, quer usado para tratar ou para se referir ao Deus de Israel. Formas hebraicas comumente substituídas são hakadosh baruch hu (“O Bendito Santo”) ou Adonai (“O Senhor”) ou HaShem (“O Nome”).
O nome pode ser derivado de um verbo que significa “ser”, “existir”, “tornar-se”, ou “vir a passar”.
A forma da expressão ao declarar o nome de Elohim (Senhor do Céu), YHWH deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia correta do Cananeu (língua que dá origem para o hebraico original, que é declarada como uma língua quase que completamente extinta).
As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade de pronunciar de forma satisfatória e correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em dia como impossível.
Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerda יהוה, ou seja, YHVH. Formado por quatro consoantes hebraicas :
Yud =י
Hêi = ה
Vav = ו
Hêi ה
Sendo = יהוה
As letras da direita para esquerda, segundo o alfabeto hebraico, são:
Hebraico Pronúncia Letra
י Yodh ou Yud “Y”
ה He ou Hêi “H”
ו Waw ou Vav “V”
ה He ou Hêi “H”
O tetragrama aparece 6.828 vezes — sozinho ou em conjunção com outro “nome” — no texto hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se de nome muito conhecido e que dispensava a presença de sinais vocálicos auxiliares (as vogais intercalares e semivogais).
O nome Yeué (vertido em português para Javé), são transliterações possíveis nas línguas portuguesa e espanhola, mas alguns eruditos preferem o uso mais primitivo do nome das quatro consoantes YHVH; já outros eruditos favorecem o nome Javé ou Jeová (mais usado). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a pronúncia Javé (YaHWeH ou JaHVéH) seja correta, sendo esta última a pronúncia mais popular do nome de Deus em vários idiomas.
Segundo muitos estudiosos, YHWH seria uma extensão de dois nomes: Yah, que aparece no livro do Êxodo, e WAh. Yah, por sua vez, é a tradução da palavra “Ser”, em algumas teorias.

Na Bíblia Hebraica e Septuaginta Grega:
YHWH grafado em páleo-hebraico, em fragmento da Septuaginta Grega ainda usada no Século I
A antiguidade e legitimidade do Tetragrama como “O Nome do Pai” para os judeus pode ser comprovada na conceituada tradução para o grego da Bíblia Hebraica, chamada Septuaginta Grega, onde o Tetragrama aparece escrito em hebraicoarcaico ou páleo-hebraico. Foram encontrados fragmentos de cópias primitivas da LXX (Papiro LXX Lev. b, Caverna n.º 4 de Qumran, datado como sendo do Século I a.C.) onde o Tetragrama YHWH é representado em letras gregas (Levítico 3:12; 4:27).
Estudos revelam que apenas em cópias posteriores da Septuaginta Grega, datadas do final do Século I d.C. em diante, os copistas começaram a substituir o Tetragrama YHWH por Kýrios, que significa SENHOR (em letras maiúsculas) e por Theós, que significa DEUS, e por Theós, que significa Deus . Essa foi a razão de YHWH ter desaparecido graficamente do texto do Novo Testamento em algumas traduções bíblicas.
Outros conceitos sobre YHWH.
Outros estudiosos encaram YHWH como um Pai da natureza adorado no Sul de Canaã e pelos nômades dos desertos circundantes, intimamente ligado ao Monte Horebe, na Península do Sinai. Segundo o livro bíblico de Gênesis, foi o Pai YHWH que se revelou ao semita Abrão (depois chamado de Abraão) em Ur, na Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o princípio do monoteísmo hebraico no interior de uma sociedade fortemente politeísta.
O Pai YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou o Dilúvio Bíblico. É o Pai de Adão, de Abel, de Enoque e de Noé. É o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonai (Soberano Senhor), Elohim (O Pai, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático e cristãos têm afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestático), HaAdón (o [Verdadeiro] Pai), Elyón ( Altíssimo) e El-Shadai (Todo-poderoso).
Assim, o Pai YHWH se assume como um Pai de familiar, o “O Pai de Abraão, de Isaque e Jacó”, protetor da linhagem do “descendente” [ou “semente”] de Abraão. De seguida, torna-se no o Pai das 12 tribos de Israel. É o Pai Libertador do povo de Israel da escravidão no Egito e quem o faz conquistar a terra de Canaã. Para tal, revela-se a Moisés, a quem entrega seus Dez Mandamentos no monte Sinai. Para sua adoração e cumprimento de sua Lei, são constituídos sacerdotes os da tribo de Levi, ou Levitas, sob a liderança do Sumo Sacerdote, da linhagem de Aarão.
Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo após a divisão do Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo Testamento como porta-vozes especiais do Pai YHWH. Tornam-se desse modo figuras-chave na vida religiosa, com uma autoridade única. Também consolidam a ideia da vinda do Messias como o “Ungido” de YHWH, descendente da Tribo de Judá e da Casa Real de David.

Temerosos em transgredir a Lei:
O Tetragrama YHWH no alfabeto fenício, aramaico e hebraico moderno.
Para alguns estudiosos da literatura judaica, o nome do Eterno era impronunciável, e segundo a explicação científica dos judeus, passaram a não pronunciar o nome do Eterno Todo Poderoso porque sentiam-se temerosos em transgredir o terceiro mandamento do Eterno no Decálogo:
“Não tomarás o nome de YHWH, em vão, pois YHWH não considerará impune aquele que tomar seu nome em vão.” Êxodo 20:7.
Documentos hebraicos não-bíblicos, tais como as chamadas Cartas de Laquis (escritas em fragmentos de cerâmica encontradas em Tell ed-Duweir em 1935 e outras três em 1938), mostram que YHWH era usado na correspondência comum na Palestina na última parte do Século VII A.C. Em todas as cartas legíveis se encontram expressões como:
“Que יהוה [YHWH] faça que meu senhor ouça hoje mesmo notícias de paz.” Provando que o Nome nunca foi esquecido. Lachish Ostracon IV, Ancient Near Eastern Texts, p. 322.

O Códice Leningrado, do Século XI
Na segunda metade do primeiro milénio na nossa era, os escribas conhecido por massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos para facilitar a leitura do texto consonantal em hebraico que poderia conduzir a inúmeros significados e em vez de inserir os sinais vocálicos corretos de YHWH, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer Adhonai (“Soberano Senhor”) ou Elohím (“Deus”).
O Códice de Leningrado, do Século XI, tem no Tetragrama YHWH, sinais vocálicos para orar a Yehvíh, Yehváh e Yehováh. A edição de Ginsburg do texto massorético tem sinais vocálicos para que ore a Yehováh. (Gênesis 3:14) Os hebraístas em geral são a favor de Yahvéh como a pronúncia mais provável. Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89:8 e na expressão HaleluYah (que significa “Louvai a Jah!”; em português, é vertida por Aleluia). Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yahu, encontradas na grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahwéh. As transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma direcção algo similar. Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o assunto entre os peritos.
Significado:
O significado exato do Tetragrama YHWH ainda é objeto de controvérsia entre os especialistas.Mas, em muitas bíblias, esse nome significa Ele Faz Que Venha a Ser, ou Jeová. Em Êxodo 3:14, YHWH disse a Moisés: “Ehiéh ashér ehiéh.” Segundo muitas traduções da Bíblia, esta expressão, encontrada no texto hebraico significa: “Serei o que Serei.” – Almeida Revista e Atualizada. E assim também compreenderam os tradutores da Versão dos Setenta: “Ego eimi ho ôn”. Disse Deus a Moisés: “Eu sou Aquele que é”. Disse mais: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘EU SEREI me enviou até vós.’ ” – Bíblia de Jerusalém.
Esta expressão “Eu sou o que sou” é usada como título para Deus, para indicar que ele realmente existia. Isso corresponde a “Eu sou aquele que é”, “Eu sou o existente”. YHWH estaria assim confirmando sua própria existência.

Outras traduções vertem: Serei o que eu for. A Tradução dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas, em inglês, do Rabino Isaac Leeser, verte como segue: “E Deus disse a Moisés: Serei o que eu for; e ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: SEREI enviou-me a vós”.
A Bíblia Enfatizada, de Joseph Bryant Rotherham, em inglês, verte Êxodo 3:14 como segue: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: Tornar-me-ei enviou-me a vós.” A nota ao pé da página, sobre este versículo, diz em parte: “Hayah [palavra vertida acima ‘tornar-se’ não significa ‘ser’ essencial ou ontologicamente, mas fenomenalmente. . . . O que ele será não é expresso — Ele estará com eles, ajudador, fortalecedor, libertador.” De modo que esta referência não é à auto-existência de Deus, mas, antes, ao que ele pensa tornar-se para com os outros. – Ou: Mostrarei ser o que eu mostrar ser. – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Outros famosos eruditos do grego e do hebraico que também criticam a Tradução do Novo Mundo são: Dr. Edgar J. Goodspeed, Dr. Paul L. Kauffman, Dr. Charles L. Feinberg, Dr. Walter Martin, Dr. F.F. Bruce, Dr. Ernest C. Colwell, Dr. J. Johnson, Dr. H.H. Rowley e Dr. Anthony Hoekema.
Para estes estudiosos, isto significa que YHVH podia adaptar-se às circunstâncias, e que, o que quer que ele precisasse tornar-se ou mostrar ser em harmonia com seu propósito, ele podia tornar-se e se tornaria ou mostraria ser. Explicam que o verbo hebraico ha•yáh, do qual deriva a palavra Eh•yéh, não significa simplesmente “ser”. Antes, significa “vir a ser; tornar-se”, ou “mostrar ser”. Entendem que segundo a raiz do Tetragrama na língua hebraica, o Tetragrama pode significar “Ele Faz que Venha a Ser ou Mostrar Ser”, quer dizer, com respeito a Si mesmo e com respeito ao que Ele se tornará ou mostrará ser, e não com respeito a criar coisas. Para estes tradutores, Deus não estaria apenas confirmando sua própria existência, mas ensinando o que esse nome implica. YHVH ‘mostraria ser’, faria com que ele mesmo se tornasse o que quer que fosse preciso para cumprir as suas promessas.
A nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14 de “O Pentateuco e as Haftorás”, texto hebraico com tradução e explanação em inglês, editado pelo Dr. J. H. Hertz comenta: “A maioria dos modernos segue Rashi em verter ‘Serei o que eu for’; ou, nenhumas palavras podem resumir tudo o que Ele será para o Seu povo, mas a Sua fidelidade eterna e sua misericórdia imutável manifestar-se-ão cada vez mais na orientação de Israel. A resposta que Moisés recebe nestas palavras, portanto, é equivalente a: ‘Salvarei do modo em que eu salvar.’ É para assegurar aos israelitas o fato da libertação, mas não revela a maneira.”
Entende-se que este nome sagrado, na realidade, é um verbo, a forma causativa, indefinida, do verbo hebraico hawáh. Assim, segundo estes estudiosos, o Tetragrama YHVH significa “Ele Faz que Venha a Ser”. Mostre Ser ou: Mostrará Ser, incorporando em si mesmo um propósito. Assinala o Portador deste nome exclusivo como Aquele Que Tem um Propósito.
Assim, os eruditos não estão totalmente de acordo a respeito do significado do nome de Deus. Muitos traduzem a expressão encontrada no texto hebraico: Eu sou o que sou. Outros, depois de extensas pesquisas sobre o assunto, acreditam que o nome é uma forma do verbo hebraico hawáh (tornar-se, vir a ser), significando “Ele Faz que Venha a Ser”. Entende-se também que Jeová também pode significar “Eterno” ou ainda “Pai Eterno”.
Alguns escritores e tradutores definem Yahweh (lê-se: Javé) que quer dizer ” Sou Quem Eu Sou ” ou ” Eu Sou o Que Sou ” ou ainda ” Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar” (Eu Sou ), século V a.C.. e Jehovah (lê-se: Jeová ) que quer dizer ” Este é Meu Nome Eternamente ” ou ” Esse é o meu Nome para Sempre ” (Eterno ), século XIII d.C.. Outros tradutores e estudiosos definem “Jehovah” como a forma mais correta de se pronunciar o nome de Deus.
A origem vem de Êxodo 3: 14,15 ” E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós; E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome ETERNAMENTE, e este é meu memorial de geração em geração “.

Frequência nos escritos originais.
Soletração do Tetragrama no texto massorético Hebraico com pontos vocálicos em vermelho.
Muitos eruditos e tradutores da Bíblia defendem que se siga a tradição de eliminar o nome de Deus. Alegam que a incerteza a respeito da pronúncia do Tetragrama YHWH justifica a eliminação, e também sustentam que a supremacia e a existência ímpar do Verdadeiro Deus tornam desnecessário que Ele tenha um nome específico para se diferenciar dos “demais deuses”.
Mas este conceito não encontra apoio na Bíblia Sagrada, quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento.
O Tetragrama YHWH ocorre 6.828 vezes no texto hebraico da Bíblia Hebraica de Kittel (BHK) e da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS). A frequência em que aparece o Tetragrama atesta a sua imensa importância. Seu uso em todas as Escrituras ultrapassa em muito, o de quaisquer nomes-títulos, tais como “Soberano Senhor (em hebr. Adhonai)”, “o [Verdadeiro] Senhor” (em hebr. Ha Adhóhn), Altíssimo (em hebr. Elyón) “o [Verdadeiro] Deus” (em hebr. Ha Elohím) e “Deus” (em hebr. Elohím).
É digno de nota a importância atribuída aos nomes próprios entre os povos semíticos.
O Prof. George Thomas Manley indica:
“O nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade daquele a quem pertence. … Quando uma pessoa coloca seu nome numa coisa ou em outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção.
• Alguns exemplos do uso dos nomes próprios nas Escrituras Hebraicas:
• Gênesis 27:36;
• I Samuel 25:25;
• Salmos 83:18
• Salmos 20:1;
• Provérbios 22:1.n.
Uso moderno.
Algumas versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Yahweh, Javé, Jehovah ou Jeová :
• A Bíblia de Jerusalém – edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem:
• Transcreve o nome pessoal de Deus como Yahweh.
• BÍBLIA Mensagem de Deus (Edições Loyola de 1983):
• Transcreve o nome pessoal de Deus como Javé, exceto nos Salmos ao falar sobre as adaptações no Livro:
“Sem falar em certas adaptações como o uso da palavra Senhor em vez de Javé, que de modo algum corresponderia à sensibilidade cristã.”
Versões da Bíblia que transcrevem o Tetragrama como Jeová:
• A Versão da Sociedade Bíblica Britânica:
• Traduz o nome de Deus na forma Jeová 6.828 vezes coerentemente no Antigo Testamento a partir da primeira ocorrência do Nome Divino em Gênesis 2.4.
• A Almeida versão da Imprensa Bíblica Brasileira:
• Traduz o nome de Deus em sua forma moderna: Jeová em 29 ocorrências, por exemplo em: Gênesis 22:14, Êxodo 6:2,3,6,7,8,29; 17:15; Juízes 6:24; e Ezequiel 48:35
• A Almeida Revista e Corrigida a partir da edição de 1898)
• Manteve o nome de Deus em sua forma moderna e amplamente utilizada de JEOVÁ em maiúsculo para representar o Tetragrama, em lugares tais como Salmo 68.4, 83.18; Isaías 12.2 dentre outros, e extensivamente, no livro de Isaías, Jeremias e Ezequiel.
• A Tradução do Novo Mundo:
• Traduz o Tetragrama na forma Jeová 6.973 vezes nas Escrituras Hebraicas e mais 237 vezes nas Escrituras Gregas), totalizando 7.210 ocorrências do Nome Divino na forma Jeová.[25] O Tetragrama não existe nas Escrituras Gregas originalmente e isso é explicado nessa tradução, mas é posto está onde se faz citações das Escrituras Hebraicas. Exemplo: Atos 2:21 é uma citação de Joel 2:32. E neste caso, foi colocado o Tetragrama transliterado como Jeová. Em outros locais que não existe no originais e não é uma referência as Escrituras Hebraicas, está posto apenas para enfatizar a identidade de quem se refere no texto. Exemplo: Apocalipse 1:8.
• A Tradução Brasileira conhecida como Tira-Teima:
• Traduz o Tetragrama na forma Jeová coerentemente 6.826 vezes em todo o Antigo Testamento a partir de Gênesis 2.4
• A King James Version (autorizada), 1611:
• Transcreve quatro vezes como o nome pessoal de Deus (todos em textos considerados de importância), por exemplo, Êxodo 6:3; Salmo 83:18; Isaías 12:2; Isaías 26:4; e três vezes junto a nomes de lugares: Gênesis 22:14; Êxodo 17:15; e Juízes 6:24.
• A Versão de Padrão Americana, edição 1901:
• Traduz consistentemente o Tetragrama como Je-ho’vah em todos os 6.823 lugares onde ocorre nas Escrituras Hebraicas.
• A Nova bíblia Inglesa:
• Publicada pela imprensa da Universidade de Oxford, 1970, por exemplo Génesis 22:14; Êxodo 3:15,16; 6:3; 17:15; Juízes 6:24 ;
• A Bíblia Viva:
• Publicada por Publishers de Tyndale House, Illinois 1971, por exemplo Génesis 22:14, Êxodo 4:1 – 27; 17:15;Levítico 19:1 – 36; Deuteronômio 4:29, 39; 5:5, 6; Juízes 6:16, 24; Salmos 83:18; 110:1; Isaías 45:1, 18; Amós 5:8; 6:8; 9:6;
• A Versão de João Ferreira de Almeida, a Almeida Revista e Corrigida, de 1693:
• Empregou milhares de vezes na forma JEHOVAH, como se pode ver na reimpressão, de 1870, da edição de 1693. A Edição Revista e Corrigida (1954) retém o Nome em sua forma moderna (Jeová) em lugares tais como Salmo 83:18; Isaías 12:2 dentre outros, e extensivamente, no livro de Isaías, Jeremias e Ezequiel.[26]
• La Santa Bíblia – Version Reina-Valera (1909):
• Traduz quase todas as vezes integralmente como Jehova.
Visto que a pronunciação original de יהוה é desconhecida, e visto que já por séculos o uso da tradução Jeová passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar em muitos idiomas, várias denominações cristãs, mais notavelmente as Testemunhas de Jeová, continuam a usá-la, ainda que outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvé, ou mesmo o título SENHOR.
Vaticano.
Em uma carta datada de 29 de junho de 2008, o Vaticano emitiu uma nota oficial, orientando para que o nome de Deus deixe de ser utilizado no serviço litúrgico católico romano. A medida não afetaria significativamente a linguagem litúrgica, uma vez que o termo não consta das traduções oficiais dos missais romanos, mas implicaria na modificação de alguns hinários. O nome YHWH continuaria a ser utilizado na leitura do Lecionario e de Bíblias católicas romanas.

Outros usos de YHWH.
Geneva Bible, 1560. (Salmo 83:18)
Sendo amplamente conhecido, durante séculos antes da era comum não havia dúvidas quanto à sua pronúncia, o que explica a ausência de um abjad – um sistema de escrita com símbolos das letras que representam as consoantes.
A tradição religiosa dos judeus, especialmente a sua tradição esotérica e mística, a cabala, considera o Nome de Deus tão sagrado quanto impronunciável.
De qualquer maneira, os judeus em algum período pós-exílico, adotaram a palavra hebraica ‘Adho.nái (que significa “Soberano Senhor”) ao pronunciarem o Tetragrama Sagrado. Assim, YHWH recebeu sinais vocálicos – colocados por copistas judeus chamados massoretas – de forma que fosse pronunciado Adonai. Sendo assim, ficou reservado apenas aos copistas e sacerdotes a correta pronúncia de YHWH codificada num sistema de sinais vocálicos.
A pronúncia Jeová, além de aparecer em algumas versões bíblicas, também é usada pelos maçons, e rosacruzes. As correntes ligadas ao Cristianismo Esotérico, tais como a Gnose e a Rosacruz, identificam esse Tetragrama como designação do Espírito Santo, e não do Deus-Pai.
Na Cabala.
Segundo a Cabala, a Torá teria sido revelada a Moisés no alto do Monte Sinai, e ele teria registrado de forma escrita aquilo que só poderia ser entendido directamente de Deus, garantindo assim que permaneça impronunciável. Afirmam uma eventual relação do Tetragrama com o nome de Adão (Yode) e Eva (Chavah) no Génesis, já que Yode-cHaVaH é exactamente YHWH, o Tetragrama Sagrado, dando a entender uma relação mais profunda ainda entre o “Senhor Deus” e sua obra.
Com o decorrer do tempo, os judeus adoptaram outras expressões substitutas para se referir ao Tetragrama Sagrado: “O Nome”, “O Bendito” ou “O Céu”.
Na Cabala, as palavras correspondem a valores que são calculados usando-se uma atribuição de valores às letras do alfabeto hebraico. Isto chama-se gematria. É considerado um dos mais importantes mecanismos de interpretação do texto bíblico usados pelos cabalistas e místicos judeus. Usando gematria, os cabalistas calculam o valor numérico do Tetragrama Sagrado como sendo 26 (Yode = 10, Hê = 5, Vau = 6, Hê = 5; 10 + 5 + 6 + 5 = 26 ), cujo número menor é 8 (2+6). Para os rabinos, o número 26 também é sagrado pois identifica-se com o Tetragrama YHWH. Os ocultistas interpretam o Tetragrama YHWH e outros símbolos cabalisticos como signos mágicos poderosos capazes de abrir as portas da consciência humana.

“Jeová” ou “Javé”?

Apesar da discussão sobre sua origem e significado, muitos afirmam que os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos, estando perdida a pronúncia original. Tal posição tem levado a debates apaixonados sobre o assunto, tanto por parte de eruditos como de religiosos,
Alguns argumentam que se o nome de Deus fosse Jeová, não se falaria aleluia (Hallelu Yah), e sim aleluieo ou Hallelu Yeho – (“Glória a Yehowah” ). Mas Hallelu Yah – (Yah seja louvado”).
Esta controvérsia vem sendo travada por muitos anos. Atualmente, muitos eruditos parecem favorecer o nome “Javé” (ou “Iahweh”), de duas sílabas. Mesmo assim, o Hebraico ou Aramaico, não se usava vogais, era apenas composta por consoantes.
Mas, considerando alguns exemplos de nomes próprios encontrados na Bíblia, que incluem uma forma abreviada do nome de Deus na tradução Jeová, George Wesley Buchanan, professor emérito no Seminário Teológico de Wesley, Washington DC, Estados Unidos, afirma que esses nomes próprios podem fornecer indicação de como se pronunciava o nome de Deus.

Jehovah em manuscritos de William Blake.
George Wesley Buchanan explica:
“Na antiguidade, os pais muitas vezes davam aos filhos o nome de suas deidades. Isto significa que pronunciavam os nomes dos filhos assim como se pronunciava o nome da deidade. O Tetragrama foi incluído em nomes de pessoas, e eles sempre usavam a vogal do meio.”
Por exemplo, Jonatã aparece como (Yo•na•thán ou Yeho•na•thán) na Bíblia hebraica, significa “YHWH deu”. O nome do profeta Elias é ’E•li•yáh ou ’E•li•yá•hu. Segundo o Professor Buchanan, Elias significa: “Meu Deus é [YHWH].” Da mesma forma, o nome hebraico para Jeosafá (Yeho•sha•phát), significa “YHWH julgou”.
A pronúncia do Tetragrama com duas sílabas, como “Javé” (ou “Yahweh”), não permitiria a existência do som da vogal ‘O’ como parte do nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bíblicos que incorporam o nome divino, o som desta vogal do meio aparece tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã.

JEHOVA em trechos de Raymond Martin em Pugio Fidei adversus Mauros et Judaeos de 1270(pag. 559).
Segue-se outra declaração feita pelo hebraísta Wilhelm Gesenius, no DicionárioHebraico e Caldaico das Escrituras do Velho Testamento (em alemão):
“Os que acham que יהוה [Ye-ho-wah] era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão totalmente sem base para defender sua opinião. Assim se podem explicar mais satisfatoriamente as sílabas abreviadas והי [Ye-ho] e יו [Yo], com que começam muitos nomes próprios.”
Na introdução da tradução de (Os Cinco Livros de Moisés), Everett Fox afirma:
“Tanto as tentativas antigas como as novas, para recuperar a pronúncia ‘correta’ do nome hebraico [de Deus], não foram bem-sucedidas; não se pode provar conclusivamente o ‘Jeová’ que se ouve.”

Ainda assim, os nomes próprios de personagens bíblicos fornecem indício da antiga pronúncia do nome de Deus.
A pronúncia original de יהוה é desconhecida, mas por séculos o uso da tradução Jeová, passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar e popular em muitos idiomas. Assim, vários grupos religiosos, mais notavelmente as Testemunhas de Jeová, continuam a usá-la, ainda que muitos outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvéh, ou mesmo o titulo SENHOR. Segundo as Testemunhas de Jeová, os diversos nomes próprios existentes são muitas vezes pronunciados de maneiras diferentes da língua original, e assim como ocorre com o nome “Jesus”, transliterado do original Ye·shú·a‘ ou [vindo de Josué] Yeho·shú·a‘, não se deveria abandonar o uso do nome “Jeová” simplesmente por não se saber a pronúncia exata deste.

Transcrição em diferentes idiomas:
Língua Nome Língua Nome
Africâner
Jehóva Romeno
Iehova
Árabe
Igova/Jahova يهوه
Māori
Ihowa
Awabakal
Yehóa Motu
Iehova
Bósnio
Jehova Macedônio
Јахве
Bugotu
Jihova Narrinyeri
Jehovah
Búlgaro
Йехова Nembe
Jihova
Croata
Jehova / Jahve Petats
Jihouva
Dinamarquês
Jahve (/ Jehova) Polonês [br] / Polaco [pt] Jehowa / Jahwe
Neerlandês
Jehova / Jahwe(h) Português
Yahweh / Javé / Jehovah / Jeová
Efik
Jehovah Ewe (Ʋegbe)
Yehowah
Inglês
Jehovah / Yahweh Russo
Иегова / Яхве
Fiji
Jiova Samoa
Ieova
Finlandês
Jahve / Jehova Sérvio
Јехова / Jehova
Francês
Yahvé / Jéhovah SeSotho
Jehova
Futuna
Ihovah Espanhol
Yavé / Yahveh /Jehová / Jehovah
Alemão
Jehova / Jahwe KiSwahili
Yehova
Grego
Iehova / Yiahve Ιεχωβά / Γιαχβέ Sueco
Jehova / Jahve
Húngaro
Jahve / Jehova Tagalo
Jehova/Yahweh
Igbo
Jehova Taitiano
Jehovah
Indonésio
Yehuwa Tongan
Jihova
Italiano
Geova / Jahve Turco
Yehova
Japonês
EHOBA/YAHAWE
エホバ / ヤハウェ XiVenda
Yehova
Coreano
Yeohowa 여호와
Yahwe 야훼 Xhosa
u Yehova
Mandarim chinês tradicional Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和華/雅威/雅巍 Yoruba
Jehofah
Mandarim chinês simples
Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和华/雅威/雅巍 Zulu
u Jehova

 

O INEFÁVEL NOME DE DEUS E ATRADIÇÃO MAÇÔNICA:

O Tetragrama YHWH:
Nos primeiros tempos da crença judaica, antes de Moisés organizá-la como religião, o nome de Deus era conhecido e pronunciado livremente pelo povo hebreu. Jeová não tinha uma característica de deus universal e era adorado pelas tribos do deserto na condição de uma deidade pastoril. A idéia de que seu nome (YHWH) era sagrado começou com o decreto, supostamente transcrito por Moisés, no Decálogo, de que o nome de Deus não deveria ser invocado em vão ( Êxodo, 20:3).
A partir daí criou-se a superstição de que o nome do deus hebreu era uma palavra sagrada, que ao mesmo tempo em que conferia poder incalculável aquele que a conhecesse e soubesse pronunciá-la corretamente, também traria terríveis maleficios a quem o usasse incorretamente.
Assim, o nome de Deus passou a ser incógnita que nem entre os próprios hebreus encontrava concordância. Vulgarmente ele era chamado de Adonai, o Senhor. Não se sabe exatamente quais os motivos que levaram ao surgimento dessa crença, mas é certo que ela se acentuou depois do exílio na Babilônia(538-539 a.C.), embora alguns dos profetas hebraicos que surgiram nesses anos de cativeiro ainda tivessem usado o Tetragrama YHWH para se referir ao deus hebreu.
Todavia, após o período alexandrino esse nome deixou de ser usado e as traduções da Bíblia hebraica que passaram a ser feitas a partir do terceiro século a. C. sempre usavam o estratagema de substituir o Tetragrama YHWH por outros nomes substitutos, comprovando que a crença de que o nome de Deus era uma palavra mística, cuja pronúncia devia ser evitada e cuja grafia era interdita.
Aliás, um dos mais misteriosos mandamentos do Decálogo é justamente a proibição de pronunciar o nome de Deus em vão. Diz o Senhor que “não tomaria por inocente” aquele que o fizesse. Portanto, no tempo de Moisés já se cultivava a tradição de associar poder e sabedoria áquele que conhecesse o Santo Nome, pois tal pessoa não era inocente.
Destarte, o possuidor desse conhecimento não podia utilizá-lo irresponsávelmente. Para que o próprio Deus tivesse tal preocupação, é por que essa Palavra Sagrada, esseNome Inefável continha realmente um poder inesprimivel que somente pessoas iniciadas e com muita intimidade com Ele poderiam fazer uso.
Para os cabalistas, esse nome grafava-se Shemhamphorach, que quer dizer o principio. Diziam que esse Nome era a base do Tetragrammaton, o número que equivalia ao significado do Nome Inefável. Todos os demais nomes de Deus eram produtos de suas manifestações, mas o Shemhamphorach era derivado de sua própria substância, por isso podia ser considerado o primeiro.

Isso não impediu, todavia, que vários escritores, considerados apócrifos, tivessem se utilizado do Nome Sagrado em seus escritos. Um deles foi foi o autor do chamado Papiro Fouad, um obra datada do século I a. C, encontrado no Egito em 1939, durante o reinado do rei Fouad I, que por isso recebeu esse nome. Esse documento continha transcrições de um trecho do Deuteronômio e no lugar onde se referia ao nome de Deus o autor usava o Tetragrama, o que mostra que nem todos os escritores antigos se curvavam a essa crença. Alguns estudiosos, como o Dr. P. Khale, dizem que a crença de quese deveria substituir o nome YHWH por outros termos, se acentou com a vitória do cristianismo e que foram os cristãos , que não tendo conhecimento da forma hebraica de escrever e pronunciar o nome divino, o substituiram pela forma grega Kýrios. Daí essa superstição ganhou corpo e se tornou um verdadeiro mito

Ao que parece, foi o escritor judeu, o fariseu Flávio Josefo, que deu o maior suporte a essa superstição ao corroborar a idéia de que o nome do deus hebreu era uma palavra impronunciável. Ao se referir á experiência de Moisés no Monte Horeb, quando ele se encontrou com Deus pela primeira vez, ele se refere, de forma místeriosa, ao “O Nome sobre o qual estou proibido de falar.”

A pronúncia do Nome Sagrado:
Na segunda metade do primeiro século da era cristã, os cronistas judeus conhecidos como massoretas, deram contornos finais a essa tradição introduzindo nos textos bíblicos o costume de substituir o nome YHWH por outros sinais vocálicos. Isso, ao invés de traduzir o nome correto de Deus, conduzia os leitores dos textos massoréticos a diversos signi-ficados para esse nome, contribuindo para aumentar a lenda e excitar ainda mais a imaginação das pessoas interessadas nesse tema. Ao já conhecido termo Adonai acrescentaram outros termos como Elhoin, HaAdón (o Verdadeiro Senhor), Elyón (Deus Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso, nomes esses que já eram utilizados pelos antigos hebreus.
Entretanto, foi só no século XI, quando da edição do Códice de Leningrado, que o Tetragrama YHWH começou a ser estudado pelos eruditos com a finalidade encontrar a sua verdadeira pronúncia. Essa disposição veio da crença de que Deus não ouviria aqueles que não fossem capazes de pronunciar corretamente o seu nome. Assim, vários sinais vocálicos para orar a Yahvéh, Yehvíh, Yehváh, Yehováh, como então se pronunciava o Tetragramaton, foram aparecendo, contribuindo ainda mais para aumentar a mística do Nome Sagrado. Formas abreviadas desse nome também foram publicadas, tais como Yah (ou Jah, na forma latinizada), e na conhecida expressão HaleluYah (Louvai a Jah!), que em português foi vertida para Aleluia. Outras formulações linguísticas como Yehóh, Yoh, Yah e Yahu, também são encontradas nos textos hebraicos denotando a grande discussão que se travou a respeito do tema durante toda a Idade Média.

O significado do Nome Sagrado
Ainda hoje muito se discute sobre o exato significado do Tetragrama YHVH. A controvérsia, entre os especialistas, está longe de se dissipar.Tudo começa com a extranha expressão usada pelos cronistas bíblicos para descrever o encontro de Deus com Moisés no Monte Sinai, quando Ele diz: “Ehiéh ashér ehiéh.”
Essa expressão é usualmente traduzida como “Eu Sou o que Sou”, ou “Serei o que Serei.”, conforme a versão Almeida Revista e Atualizada. Ou na expressão usada pelos tradutores da Septuaginta (A Versão dos Setenta) que traduziram a locução divina como “ Eu Sou Aquele que É.(Ego eimi ho ôn).
Assim, em todas essas traduções, o Nome Sagrado é sempre traduzido por um verbo que denota o sentido de existência, de presença, de verdadeira vivência ontológica. Esse sentido deu origem ás mais diversas especulações filosóficas a respeito do nome de Deus, como função criadora de todos os fenômenos universais, tais como a que aparece na Cabala, que o define como a Existência Negativa que se torna Existência positiva, ou seja, a Energia latente, desconhecida, que se manifesta em Poder e dá origem ao universo real.
Por isso, também, é que no memento que dá início ao seu evangelho, São João se refere a Deus como “O Verbo” e sugere que Jesus, como filho de Deus, também era um “Verbo” que estava com Deus no princípio e “se fazia carne para habitar entre nós”.

Mas há outras traduções que vão mais longe ainda na interpretação do significado dessa estranha expressão. O Rabino Isaac Leeser, por exemplo, em sua tradução “Dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas” verte a locução divina como “Serei o que eu for”, denotando, segundo ele, a intenção de Deus em demonstrar a sua onipotência, e que Ele, como deidade, não tinha uma forma nem era um Ser com características e funções definidas, como os demais deuses da religiões antigas.
Nessa visão, Ele (Deus), era o que era e seria o que quisesse ser. Por isso o estudioso Joseph Bryant Rotherham, em seu estudo (A Bíblia Enfatizada – Roterdã, 1897), verte essa expressão da seguinte forma: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: Tornar-me-ei enviou-me a vós.”
Segundo esse estudioso o verbo usado no original da Bíblia foi “Hayah”, que quer dizer “tornar-se” e não “serei” ou “sou”. Assim, Deus não afirma a sua auto-existência, mas sim que Ele é uma potência que se realiza na medida em que o mundo acontece e conforme Ele mesmo se predica. Isso significa que YHWH podia adaptar-se às circunstâncias e modelar o universo segundo a sua vontade. E o que quer que ele precisasse Ser Ele se tornaria.
Dessa forma, o verdadeiro significado da expressão seria “Vir a Ser”, o que estaria em perfeita consonância com a visão cabalística que fala de Deus como sendo a “Existência Negativa”(Potência) que se torna “Existência Positiva” (Ato), no momento em que manifesta no mundo real. Essa interpretação também encontra eco na formidável visão hindú expressa na Baghavad Guita.
Assim, o verdadeiro significado do Tetragrama YHWH se expressa por um verbo que revela o propósito de Deus de fazer o mundo em todas suas formas futuras, o que nos leva também a uma analogia com modernas descrições do universo, feitas por cientistas de renome, que vêem o universo como produto de uma “teia de relações”.
Essa visão tem correspondência na própria imagem bíblica que mostra um universo físico sendo construído a partir do surgimento da luz. “Exista a luz; e a luz existiu” diz o Criador no momento inicial da criação
Daí o significado da expressão “ Eu Sou”,“Serei”, ou “Vir a Ser”, atribuída ao Nome de Deus. Éssa declaração indica que Deus, por ser pura potência, isto é, Luz, não tem um atributo material identificável a priori, o que não permite que Ele tenha um nome próprio que possa ser pronunciado, nem uma forma material que possa ser reverenciada como especifica. Assim, Ele é todos os predicados possíveis e tem todos os nomes, de plantas, de rochas, de animais e forças da natureza. A partir do seu atributo inicial que éSer, Ele vai se “construindo” e se “mostrando” na multiplicidade de sua criação.[8]
O universo material é a sua face externa, a sua “Existencia Positiva”. Por isso é que os modernos gnósticos dizem que os cientistas só conseguem ver a realidade “pelo seu lado de fora”, pois esta é a natureza, face externa de Deus, sua visão aparente, enquanto a sua face interna, a sua “Existência Negativa” é pura energia que só pode ser detectada pelo espírito, que também é substância energética.
Essa idéia sugere que Deus constrói o universo de combinação em combinação. Resulta daí que o predicado essencial da divindade é uma constante de integração, que vai sendo equacionada á medida que o próprio cosmo vai se formando, como resultado das combinações que se processam no seu interior. O que a Baghavad Guita e a Bíblia estão a nos dizer é que o Poder, a Potência, o Verbo, a Palavra Perdida, o Nome Inefável de Deus, é essa energia dos princípios que se apresentou a Moisés como Eu Sou.

A tradição cabalística

A Cabala, mística tradição religiosa dos judeus, é a principal veiculadora dessa crença a respeito do inefabilidade do Nome Sagrado. Os cabalistas consideram o nome de Deus tão sa-grado em sua grafia quanto impronunciável em sua verbaliza-ção.
Não há concordância quanto a origem dessa tradição nem se registrou a sua história ao longo do tempo. É possível que ela tenha se originado do próprio texto do Decálogo, que em seu terceiro mandamento proibe que o nome de Deus seja pronunciado em vão. Todavia, o que se proibe nesse preceito é o uso indiscriminado e vazio desse nome, como o próprio Jesus acusou os escribas de fariseus de fazê-lo. Assim, como já referido, em algum período pós-exílico, os judeus adotaram o termo Adhonái ao se referir ao Tetragramaton. Dessa forma, as inciais YHWH recebeu sinais vocálicos, colocados pelos co-pistas do texto massorético, para que o Nome Sagrado fosse pronunciado Adonai, de forma que a verdadeira pronúncia fosse reservada somente aos inciados na tradição judaica da Cabala.
A tradição cabalística veicula a crença de que a Torá(a lei judaica contida nos cinco livros de Moisés) foi revelada a Moisés no alto do Monte Sinai, e ele teria registrado na forma escrita apenas aquilo que poderia ser repassado ao povo como ensinamento formal. Mas além dessas testemunhos, Deus teria feito a Moisés outras revelações que ele não registrou, mas repassou de forma oral aos seus sucessores. Uma dessas revelações foi o seu verdadeiro nome e a maneira de pronunciá-lo, pois segundo essa crença, esse nome é uma palavra de poder. Foi com ela, aliás, que Deus teria se manifestado no mundo da matéria e com ela tambem teria despertado o homem Adão para a vida.
A palavra YHWH denotaria assim, uma relação mais pro-funda ainda entre o “Senhor Deus” e sua obra e não poderia ser usada em vão, razão pela qual Moisés a transformou em um dos preceitos do Decálogo.
Para os cabalistas medievais essa tradição assumiu contornos místicos inimagináveis. Acreditava-se que a posse do segredo dessa pronúncia poderia conferir ao seu detentor um poder semelhante ao do Demiurgo Criador (o poder de criar).
Essa crença deu origem a uma vasta literatura esotérica, que influenciou não só vários escritores, como também a prática da alquimia. Tanto é que no começo da era cristã, alguns caba-listas, acreditando na crença de que o poder divino de criação podia ser adquirido se esse número, ou palavra, pudesse ser descoberto e pronunciado na sua forma correta, acreditaram que eles mesmos poderiam criar um ser vivo, consciente, igual ao que Deus criou ao fazer Adão. Para eles Deus tinha criado Adão recitando uma fórmula mágica, que resumia uma invocação á ação da energia dos princípios. Essa invocação era o seu próprio Nome, pronunciado na sua forma original. Com base nessa crença uma seita judaica, a dos Hassidins, elaborou, no século XII, 221 combinações diferentes com as letras e os valores numéricos do alfabeto hebraico, e do resultado obtido chegaram á uma palavra, impronunciável para os não iniciados na Cabala, que tinha o condão de animar uma figura de barro, dando-lhe vida. Aos seres criados através desse processo os cabalistas chamavam de Golém.[10]
Uma das primeiras referências a esse tema apareceu no século XV, conectadas ao nome do rabino Judá Loew Ben Betzalel, de Praga. Falava-se que esse rabino criara um Golém para defender o gueto de Josefov, em Praga, contra ataques anti-semitas. Com base nessa lenda vários contos foram produzidos. Em 1847, uma coleção de contos judaicos intitulada Galerie der Sippurim, publicada em Praga por Wolf Pascheles, resumiu o conjunto de trabalhos literários produzidos com essa tema.
Na verdade, o Golem (גולם) é definido como sendo um ser animado que é feito de material de barro. O termo, no hebraico moderno, significa “tolo”, “imbecil”, ou “estúpido”. Na tradição da alquimia o termo é conectado á palavra gelem (גלם), que quer dizer “matéria-prima”. Segundo algumas versões, o próprio Adão teria sido criado através dessa fórmula, pois segundo Gênesis 2:7, “o Senhor Deus formou o homem do barro da terra e inspirou em seu rosto um sopro de vida; e o homem tornou-se alma vivente.”

Uma das mais interessantes derivação dessa tradição foi a crença de que as letras do nome de Deus representavam com-binações que podiam ser usadas para interpretar os segredos que a Bíblia não revelava em sua forma escrita. É que no alfabeto hebraico, cada letra tem um determinado valor. Assim, combinando-se as letras com seus respectivos valores, era possível obter a interpretação oculta dos títulos, nomes, pa-lavras e expressões usadas na Bíblia e encontrar seus verda-deiros significados. Assim, o Tetragama YHWH correspondia ao número 26 ((Yode = 10, Hê = 5, Vau = 6, Hê = 5; 10 + 5 + 6 + 5 = 26). Essa técnica, conhecida como Gematria, tornou-se um dos mais importantes mecanismos de interpretação dos textos bíblicos, e ainda hoje é utilizado usados pelos cabalistas e pelos estudiosos da filosofia oculta para interpretar passagens obscuras e enigmáticas do livro sagrado.

O Nome Sagrado na Tradição Maçônica:

Na tradição maçônica, o mito que envolve o Sagrado Nome de Deus é um tema de grande importância iniciática. De uma forma geral os maçons adotaram a crença de que o verdadeiro significado do nome de Deus é um segredo guardado a sete chaves pelos eruditos cabalistas. Assim, os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos do vulgo, e a pronúncia correta dessa palavra está confinada á sabedoria de muitos poucos escolhidos.
Embora todos os graus das chamadas Lojas de Perfeição explorem temas análogos ao que aqui se refere, apenas nos graus 13 e 14 do Rito Escocês, a lenda do Verdadeiro Nome de Deus, o Nome Inefável, é explorada [11]. Esse conteúdo foi introduzido na Maçonaria pelos chamados “maçons do Arco Real”, denominação que várias Lojas, americanas principal-mente, deram ao rito por eles praticado.
No Rito Escocês Antigo e Aceito o conteúdo iniciático do grau 14, depois de repassar todos os ensinamentos adquiridos pelos Irmãos nos graus anteriores, ressalta que a verdadeira sabedoria está contida no conhecimento do Verdadeiro Nome de Deus. Por isso a elevação ao grau se dá com a explicação do que significa a misteriosa palavra inscrita no Delta agrado que se encontra sobre a Pedra Cúbica. Essa é uma evocação ao Princípio que rege toda a vida do universo, resumido na palavra Deus, que exprime o tempo infinito, o espaço infinito, a vida infinita, enfim, todas as manifestações da essência divina na realidade universal.
Explicando que nenhum os nomes de Deus adotados pelo homem é considerado pela Maçonaria como definitivo, o ritual sugere que o maçom apenas admita que Deus existe, mas não lhe dê nenhum nome nem tente conformá-lo a uma imagem ou que não se conforma em dogmas nem exige uma explicação daquilo que a mente humana não consegue entender. Esse postulado sugere que o espírito humano está ligado á essência primeira e única de todas as coisas e não necessita de quaisquer outros canais de ligação com a Divindade, a não ser a sua própria consciência e a sua sensibilidade.
Por isso o título do elevado ao grau 14 é Perfeito e Sublime Maçom, também chamado de Grande Eleito da Abóbada Sagrada . Esse titulo é dado aquele que galgou todos os degraus das Lojas de Perfeição, tendo cumprido o curriculum previsto para essa etapa. O titulo não significa, entretanto, que a escalada terminou. O que se supera é apenas a primeira etapa de uma longa jornada. As virtudes consagradas no grau são a autodisciplina, a constância, a solidariedade, a fraternidade e a discrição, as quais devem acompanhar os maçons conhecedores do sagrado mistério que representa a pronuncia do Verdadeiro Nome de Deus. Essa, pelo menos, é a mensagem passada pela lenda do grau.
Em termos iniciáticos, o Perfeito e Sublime Maçom é aquele que procura a Palavra Perdida. A lenda do grau diz que esse título foi criado por Salomão justamente para premiar os Mestres que encontraram a Palavra Sagrada oculta por Enoque na Abobada Sagrada.
Ela diz, em resumo, que após a construção e a consagração do templo, a maioria dos mestres que fora elevada ao grau de Cavaleiro do Arco Real (simbolizado no Grau 13),voltou para suas terras. A maçonaria que o Rei Salomão havia desenvolvido com a construção do Templo de Jerusalém disseminou-se por toda parte e perdeu qualidade, porque seus segredos foram compartilhados por muitos iniciados sem mérito.
Várias disputas e cisões acabaram por desvirtuar os ensinamentos da Irmandade. Somente os eleitos que prometeram e cumpriram o juramento do grau perseveraram na prática da verdadeira Arte Real e as transmitiram a uns poucos.
Quando o Templo de Jerusalém foi tomado pelas tropas babilônicas do rei Nabucodonosor, foram esses poucos eleitos que defenderam o Altar do Santo dos Santos, onde o Nome Sagrado

 

 estava gravado em uma pedra cúbica. Por fim quando toda resistência se tornou inútil, eles mesmos penetraram na Abóbada Sagrada e destruíram a pedra onde esse Nome Inefável fora gravado e conservado durante 470 anos, 6 meses e 10 dias. Em seguida, sepultaram os escombros em um buraco de 27 pés de profundidade para que, numa futura restauração do Templo, ou da Aliança, sua posteridade pudesse recuperá-lo e continuar a tradição. Destarte, o Nome Sagrado nunca mais foi escrito nem pronunciado, mas apenas soletrado, letra por letra. E só os Perfeitos e Sublimes Maçons ficaram conhecendo a grafia e pronúncia correta.

Cumprindo a tradição de que esse conhecimento só pode ser transmitido por comunicação oral, o ritual do grau determina que um dos iniciando, em nome dos demais, deve fazer a profissão de fé dos graus anteriores, repetindo as virtudes adquiridas e declarando os trabalhos realizados em cada um deles, salientando que agora, depois de tudo isso feito, ele e seus companheiros estão aptos a conhecer o Verdadeiro Nome de Deus.
Então lhes é ensinado que o objetivo do grau é o conhecimento do Inefável Nome de Deus, o que, inclusive, dá sentido aos graus das Lojas de Perfeição, pois esses graus de aperfeiçoamento são destinados principalmente á pesquisa e conhecimento dessa Palavra Perdida, conhecimento esse que, segundo a tradição cabalística, confere ao seu detentor a verdadeira Gnose.

Qual é o nome de DEUS? – O TETRAGRAMA, seu significado, e também adotado por ordens iniciativas.

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