O que foi o Conservatório Nacional de Lisboa?

O que foi o Conservatório Nacional de Lisboa?

O Conservatório Nacional de Música é uma instituição pública de ensino das artes, criada em Lisboa em 1836. Foi eliminada como instituição única em 1983, dando origem a várias escolas artísticas autónomas: Conservatório Superior de Música de Lisboa, Escola Superior de Dança, Escola Superior de Teatro e Cinema, Conservatório Nacional de Música e Conservatório Nacional de Música. Três escolas superiores foram incorporadas ao ensino politécnico e fazem agora parte do Instituto Politécnico de Lisboa.

O Conservatório de Música e a Faculdade de Dança são os sucessores do ensino profissionalizante do antigo Conservatório Nacional de Música, sendo colectivamente designados como tal, embora sejam agora instituições distintas.

A origem do nome
O termo “conservatório” (do latim: conservatoriu) denota uma instituição dedicada ao ensino de música, canto e disciplinas afins. O primeiro foi o Conservatório de Santa Maria de Loreto, fundado em Nápoles em 1537 pelo padre espanhol José Tapia com o objetivo de instruir órfãos, inclusive praticar música.

Sua história
Em 1836, por decreto da rainha D. Maria II, a posterior Academia Nacional de Música foi criada como Academia Geral de Artes Dramáticas, no âmbito do plano proposto por João Baptista de Almeida Garrett para a criação e organização do Teatro Nacional. Os conservatórios são então divididos em escolas de teatro ou escolas de manifesto, escolas de música e escolas de dança, pantomima e ginástica especial. O decreto de 5 de maio de 1835 criou o Conservatório da Casa Pia.

Durante uma reforma posterior, o nome da instituição foi alterado para Conservatório Real de Lisboa. Após a implantação da República em 1910, passou a chamar-se Conservatório Nacional de Música. A Escola de Drama é renomeada para Escola de Artes Expressivas.

A autonomia administrativa foi concedida pela primeira vez à Escola de Arte de Representação pelo Decreto de 4 de julho de 1914. Nesta escola, de acordo com o decreto de 19 de Maio de 1914, um curso de encenação e decoração teatral (o ensino deste curso decorrerá no Salão Nobre do Teatro Nacional de Garrett em Almeida, que é considerado uma representação artística de instituições afiliadas da Academia, são “dedicados aos serviços e seminários dos respectivos professores” e, segundo o decreto de 6 de agosto de 1914, cursos de trajes práticos de teatro.

Toda esta tradição foi mantida e desenvolvida em reformas posteriores no ensino do teatro, e reflecte-se hoje no currículo da Escola Superior de Teatro e Cinema.

No caso do cinema, a partir de 1971, no processo de reforma empreendido por Madalena Perdigão quando José Veiga Simão era Ministro de Estado da Educação, pois foi necessária uma experiência docente para criar um curso correspondente no Conservatório Nacional de Música.

Foi então criada uma escola piloto de formação profissional em cinema, cujo currículo teve início em 1973, focando-se desde logo em aliar a divulgação dos conhecimentos técnicos inerentes ao exercício da profissão cinematográfica com uma vertente mais artística.

Hoje, os cursos ministrados na Escola Superior de Teatro e Cinema são ainda o resultado de uma evolução enraizada nos primeiros cursos de cinema, que aliás foram os pioneiros do ensino superior público em Portugal.

Pelo decreto nº. dança e teatro e cinema) e duas escolas profissionais (música e dança).

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